Cada história de vida constitui uma unidade do acervo − uma “obra” – do Museu da Pessoa. Esta obra é formada pela gravação em áudio ou vídeo da entrevista e pela transcrição e edição de cada narrativa. Este conteúdo, por sua vez, é acompanhado do que denominamos material complementar − imagens – também unitariamente digitalizado e catalogado. No caso do conteúdo recebido através do site do Museu da Pessoa, esta unidade se dá na junção de textos, imagens, vídeos e áudios enviados por cada usuário.
Desde a primeira base de dados do Museu da Pessoa, as histórias de vida são catalogados de forma a permitir uma busca que atenda a um público variado, com interesses diversos. A plataforma atual (4ª plataforma, lançada em 2014) permite acesso amplo e gratuito às entrevistas assim como ao material iconográfico. Para tanto, cada entrevistado(a) é catalogado por seu nome, sobrenome, data e local de nascimento, formação, religião, sexo, cor/raça; as histórias podem ser acessadas pela data de publicação, tema, nome do entrevistado(a), local e data da entrevista, além de palavras chaves. Cada imagem é catalogada incluindo dados como local, data e tipo de evento, descrição, personagens, histórico da imagem, créditos e observações. Todo o material possui licença de uso assinada pelas pessoas entrevistadas ou que enviaram suas histórias via plataforma digital.
Todos estes cuidados são necessários na transformação de uma história de vida em fonte de conhecimento, em uma obra do Museu da Pessoa. Sendo assim, o momento de coleta das informações que servirão para a musealização de cada história é extremamente importante e requer a utilização de ferramentas específicas.
O primeiro passo no processo de musealização de uma história de vida implica em dar a ela e a seus conteúdos complementares um código e número de identificação.